quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Lotação de contratados agora é na Câmara?!

Fonte: Blog do Aurismar

VEREANÇA ADMINISTRATIVA - ISSO NÃO EXISTE



Há algumas coisas me incomodando desde quando tomei conhecimento. E, desculpem-me meus aliados políticos, se é que assim posso dizer; mas quando algo me incomoda tenho que por para fora caso contrário não consigo dormir. O dia é longo, a batalha é ferrenha, tenho que descansar bem para o dia que segue - olha que já são quatro da manhã. Essas coisas ficam sendo sopradas em meus ouvidos por aquela mesma bichinha que andou assoprando maldades nos ouvidos do vice-prefeito na conturbada transição do desgoverno Maurino para o neogoverno Salame.
A primeira delas é a de que cada vereador tomará conta de um Posto de Saúde, sacanagem não é mesmo? Vereador tomando conta de Posto de Saúde!? Como assim tomando conta? Será ele o administrador, o indicador político ou o que? Posto de Saúde é de responsabilidade do Secretário de Saúde, ele é quem deve gerir todas as demandas da rede. Essa pastilha se vingar, peca e cai mucha. Não adianta que não vai dá certo. 
A segunda é a história já confirmada, não oficialmente; mas nos bastidores, de que cada vereador recebeu uma cota de indicações para os servidores a serem contratados. Que história é essa, rapaz?! Calma, eu explico. Que vereador sempre empurrou os seus na administração pública isso é fato, só que agora parece que o negócio virou caso oficial. Antigamente, por exemplo, se na EMEF Sossego do Maurino estivesse em falta um professor de geografia, qualquer professor formado na área com disposição de carga-horária, que não fosse concursado, poderia se apresentar à diretora da escola, que iria fazer a lotação do professor e apresentar à Secretaria de Educação. Nos meus doze anos como professor do município, nunca vi nenhum nome ser rejeitado, nessa situação. Agora não é bem assim. O diretor primeiro perguntará ao servidor: "_ quem foi o vereador que lhe mandou". O professor vai responder: "_ o vereador Astrogildo Mamata". A diretora vai verificar uma lista de vereadores e cotas preenchidas e vai dizer: "_Sinto muito, mas esse vereador já preencheu a sua cota". Ou então, está lá o professor contratado via tradicional (aquela que explicamos como era) dando a sua aula. De repente recebe um comunicado para comparecer à sala da diretora, quando então será comunicado: "_Sinto muito, como o senhor não foi indicado por nenhum vereador, o senhor pode ir embora, chegou um professor com a indicação do vereador Astrogildo Mamata". 
É hilário isso, muito hilário; mas, vai que cola! Está errado, meu povo! Não é assim que se faz política! Não entendo. A ideia não era reter gastos? Não era para se evitar contratações? Quer dizer que cargo público agora vai virar moeda de negociação entre prefeito e vereador?  
Antes que alguém diga: "não é o prefeito de vocês?". Não, não é o meu prefeito. Quem tem prefeito é a cidade. Apoiei e pedi voto aos candidatos que julguei terem as melhores propostas como qualquer cidadão poderia ter feito, porém isso não significa que devo aplaudir, e nem o farei, todos os atos, quer sejam ou não legais, do prefeito o do vereador. 
Vamos separar as coisas. Vereador vai legislar em prol da municipalidade e fiscalizar os atos da administração. O prefeito vai administrar com base na sigla LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. São os princípios que regem a administração pública.

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